sábado, 24 de maio de 2008

Fora do ar

Estou afastada do blog por problemas técnicos. A sala de computador aqui do Mercaz Klitá ficou fechada, logo nos fechamos para o mundo também. Mas, estamos providenciando nossa banda larga, e tão logo isso aconteça prometo não abandonar o blog.
As novidades são tantas que não cabem aqui, mas resumidamente lhes conto o que andou a se passar em nossas vidas nesses últimos dias que ficamos desconectados do mundo.
Em ordem cronológica, estivemos em Tel Aviv participando de uma festa de Brit Milá. O lugar foi fabuloso, num bar a beira mar, cujo mar era o mediterrâneo. O clima era lounge, descontraído, pessoas interessantes, comidas idem e decoração maravilhosa, afinal o mar mediterrâneo estava lá, na nossa frente, soprando bons ventos. Léo reencontrou seus amigos de longa data, e isso deixou o ambiente familiar, com velhas recordações, papos de aventuras antigas e a percepção do envelhecimento e mudanças físicas do amigo que não se via a muitos anos, sim do amigo, afinal nós nunca envelhecemos, nosso espelho só funciona para o outro que se olha. Estive em Tel Aviv, mas não a conheci. Só vi o mar e corri pelas ruas até chegar nele. Eu esperava mais da cidade, mas não fiquei decepcionada.
Passeamos também em Askhelom, cidade do nosso amigo Jacques. Passamos o dia por lá. Vimos a praia de lá. Bonita, mas estranha se comparada as nossas. Não por uma questão geográfica, afinal praia é praia em todo o mundo, acho que é a energia brasileira, que transcende qualquer explicação.
Fomos em Ein Hod onde assistimos um show de música clássica a céu aberto.
E por fim o passeio mais emocionante foi o de Massada. Estive nas ruínas do palácio do rei Herodes e vi o mais lindo nascer do sol em meio ao nada, ou seria ao tudo, pois a grandiosidade daquelas montanhas de areia do deserto da Judéia, era a arte de Deus escancarada na nossa frente.
Um dia antes estivemos na arena em frente a montanha onde fica a fortaleza de Massada, teve um show de luzes onde foi contada a história desta fortaleza. Dormimos num acampamento de beduínos, povo nômade que habita o deserto. Acordamos as 4 da manhã e subimos Massada. De tarde fomos em Ein Ged, tomamos banho de cachoeira e depois direto ao Mar Morto. Lindo e muito, mas muito salgado. O mar tem 33% de sal e por isso não há como mergulhar, você bóia mesmo que não queira. A cor é linda! É um azul turquesa com bordas brancas de sal. A paisagem também se completa com os banhistas um tanto quanto estranhos e mulheres vestidas de preto até a alma tentando sentir o prazer de se molhar em público. Mulheres que não se mostram e por isso mesmo ficam em evidência.
Voltamos exaustos, mas com a alma muitíssimo lavada. A noite teve fogueira em um Kibutz onde mora um amigo do Léo. Novamente reencontro com outros velhos companheiros de infância.
Também nesse tempo de desconexão, compramos bicicletas ou ofanai, como se diz por aqui, comecei as aulas com uma turma bastante eclética. Minha turma é uma torre de babel perfeita. Tem gente da Ucrânia, Romênia, França, Turquia, Japão, Africa do Sul, Vietnã, Eslováquia e dois brasileiros. Ou eu falo hebraico ou eu falo inglês, não tenho escolha.
Bom, devo ter perdido algum detalhe, afinal já se passou muito tempo desde a última postagem. Mas se é detalhe não precisa estar aqui.

Kiss! Lehitraot!

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