domingo, 12 de outubro de 2008

Mais um outono.

Outubro é os mês dos librianos que amo! Ontem, dia 11, foi aniversário de minha mãe. Novamente, comemoração a distância. Acostumamos com quase tudo nesta vida, e uma das quais acho que não vou me acostumar é com a distância, enfim, é o que temos agora!
Um brinde a minha mãe, um brinde a vida e por que não, um brinde à tecnologia!
Aproveito o post para brindar minha pequena sobrinha Victória pelo dia de hoje, o das crianças!


Não importa se a estação do ano muda,
Se o século vira, se o milênio é outro,
Se a idade aumenta.
Conserva a vontade de viver,
Não se chega a parte alguma sem ela.

Fernando Pessoa


Kiss! Lehitraot!



segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Homenagem de aniversário

A Vida e as Estações

Eu queria que a vida fosse dividida em quatro estágios, mas que não acabasse nunca
A infância é como a primavera. É pura novidade e um calor que não sufoca nem faz pensar bobagens. Tem uma inocência quase cafona, uma singeleza clássica, e traz no íntimo a certeza de que pela frente vem coisa boa. A gente quer que passe logo, mas sabe que nunca mais será tão protegido, a mordomia não será eterna. É quando as coisas acontecem pela primeira vez, é quando num arbusto verde vemos surgir alguns vermelhos, é surpresa, a primeira de uma série.
A adolescência é como o verão. Quente, petulante, libidinosa.
Parece que não vai haver tempo para fazer tudo o que se quer e o que se teme. É musical e fotogênica. Dúvidas, dúvidas, dúvidas em frente ao mar. Mergulha-se no profundo e no raso. Pouca roupa, pouca bagagem. Curiosidade. Vontade que dure para sempre, certeza de que passa.
Noção do corpo. Festas e religião. Amor e fé.
A maturidade é como o outono. Um longo e instável outono,
que alterna dias quentes e frios, que nos emociona e nos gripa. Há mais beleza e o ar é mais seco, porém é quando se colhem os melhores abraços. Ficar sozinho passa a não ser tão aterrorizante. Fugimos para a praia, fugimos para a serra, as idéias aprendem a se movimentar, a fazer a mala rápido, a trocar de rota se o desejo se impuser, e não é preciso consultar o pai e a mãe antes de errar. É o outono que tentamos conservar.
O inverno é como a velhice. Tem sua beleza igualmente, exige lã, bolsa de água quente, termômetro e uma janela bem vedada. O que não queremos que entre? Maus presságios. O inverno é frio como despedida de um grande amor, mas sabemos que tudo voltará a ser ameno. Queremos que passe, temos medo que termine. Ficar sozinho volta a ser aterrorizante. O inverno é branco, é cinza, é prata. É grisalho.
E, de repente, também passa.
Eu queria que tudo fosse verdade, que a vida fosse assim dividida em quatro estágios que mais parecem estações do ano, mas que não acabasse, que depois do inverno viesse outra primavera, e outro verão, e outro outono, que nunca são iguais, mas sempre se repetem, sempre voltam, são tão certos quanto o sol e a lua, todo dia, toda noite. Eu queria.

Martha Medeiros

Léo! Parabéns por mais um outono...

Kiss! Lehitraot!

domingo, 5 de outubro de 2008

Comemorações!



Hoje comemoro duas vezes.
Cinco meses de Israel e não precisar votar nas eleições do Brasil para prefeito!

Kiss! Lehitraot!